terça-feira, 14 de abril de 2009

Max Factor: Marlene Dietrich e Jean Harlow

Max Factor abriu sua pequena loja de cosméticos em St. Louis, mas como a indústria cinematográfica começou a crescer, ele mudou logo para a Califórnia.
Os atores, desde o cinema mudo até a década de 1960, devem à marca Max Factor todo o glamour que eles apresentavam nas telas. Tanto o pai qto o filho, ambos químicos, seguiram a carreira de visagistas pesquisadores e transformaram o visual de centenas de atores e atrizes que se tranformaram ícones do cinema. Antes dos Max Factor, eles usavam a mesma maquiagem para o teatro e o cinema. É por isso que nos primeiros filmes mudos os protagonistas são caricatos. 

Ele maquiava todos os atores e atrizes de sucesso de Hollywood. Cansado de carregar a maleta de maquiagem de um set a outro, abriu um salão de beleza perto dos estúdios. Ele e seus assistentes eram os únicos a ter em mãos aqueles produtos que transformavam pessoas comuns em verdadeiros "deuses" com um brilho nunca visto anteriormente.

Como queriam manter a aparencia deslumbrante, também fora dos sets de filmagem, as atrizes costumavam roubar os produtos de Max Factor - o que o levou a abrir sua loja que comercializava os produtos "mágicos". 



Max factor sabia definir traços, modificar faces e transformar garotas sem sal em deusas do cinema.  Foi assim com Marlene Dietrich, uma atriz alemã, que nada tinha de especial (a não ser um belo par de pernas), descoberta por Hollywood após um filme alemão chamado O Anjo Azul

Essa mulher foi totalmente "planejada para se transformar na atriz que seguiu carreira nos EUA. Primeiro arrancaram-lhe alguns molares para que a face ficasse mais encovada, modificaram as sobrancelhas (totalmente raspadas e pintadas em arco), criaram a maquiagem que evidenciava os cílios postiços, finos e longos e a pele alva como a neve, em contraste com os traços fortes de seu rosto. 

O iluminador sempre colocava uma luz atrás de sua cabeça para dar um ar quase sobrenatural à atriz, ressaltando o brilho do cabelo, como uma espécie de aura que fazia parecer ainda mais irreal e inatingível.

A "Vênus Platinada", Jean Harlow, também foi criada por Max Factor. Seus cabelos descoloridos fizeram a venda de clareadores de cabelo triplicarem nos Estados Unidos. Houve uma espécie de "loucura platinada" pelo mundo afora. 

Max Factor havia reformado totalmente sua loja, que se transformara em um showroom de quatro andares, com salão de beleza onde as mulheres podiam experimentar os produtos nas mãos de maquiadores profissionais e orientadores, que lhe ensinavam como usá-los. As atrizes começaram a fazer propaganda de graça dos produtos, ensinando o segredo de sua beleza ao grande público. 
Jean Harlow mostrava como usar o conjunto Harmony Colours (as cores que combinavam entre si: pó, sombra, batom e ruge) em um cartaz que anunciava seu novo filme, cujo nome era sugestivo: Born to Be Kissed (Nascida para ser beijada). 

A procura pelos produtos Max Factor estava crescendo muito e as drugstores estavam animadas e querendo vender novidades. Max Factor não queria, mas percebeu que os cliente das drogarias confiavam nos farmacêuticos, e se os produtos fossem vendidos lá, certamente receberiam uma aure de confiança que ele prezava. 

Foi criada a Max Factor Society Make-Up, que se resumia em vender pó, ruge e batom em perfeita harmonia de cores com as sombras e as tinturas de cabelo.

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