Usando um vestido curto igual ao que a deixou nacionalmente conhecida, a estudante e agora empresária Geisy Arruda, de 20 anos, afirmou na noite desta quinta-feira (29) que sua grife própria foi pensada para a mulher brasileira, a dona de casa que dá duro. “Seria muito fácil fazer um desfile para todas aquelas modelos lindas e magras. Quero vestir as mulheres brasileiras”. O lançamento da Rosa Divino ocorreu em uma boate do Centro da capital paulista.
A vida de Geisy mudou quando ela foi humilhada em público por alunos depois de ir à faculdade com um vestido rosa curto. Ela estava no primeiro ano do curso de turismo e precisou sair escoltada pela Polícia Militar do campus da Uniban, em São Bernardo do Campo, ABC, em outubro de 2009.
Afirmando estar realizando um sonho, Geisy revelou ainda que desistiu da carreira na área de turismo e não volta mais à Uniban. “Estou fazendo teatro e ano que vem vou cursar artes cênicas. Estou me adaptando à minha nova vida”, contou.
A nova de vida de Geisy, além de participar de programas de televisão e dar entrevistas, a partir de agora, vai ser também cuidar da coleção. No desfile desta quinta, ela apresentou seis modelos de vestidos. Todos justos e na cor rosa. “Tinha que ser rosa neste primeiro desfile, mas existem peças pretas, cinzas”, explicou a moça, que usava um sapato prateado de salto muito alto para combinar com o modelito pink.
As modelos escolhidas para apresentar as peças da Rosa Divino foram pessoas próximas a Geisy, como sua mãe, tias, primas e amigas. “Elas que me inspiraram”, contou a estudante, que, sem revelar nomes, disse ter uma equipe enorme de estilistas por trás da marca.
A assessoria de imprensa da jovem informou que ela não desenha as peças, mas dá muitos palpites. “Eu participo ativamente”, completou a dona da grife.
A partir desta segunda-feira (3), os vestidos da Rosa Divino poderão ser comercializados pela internet. A assessoria de imprensa da estudante informou que as vendas online serão no atacado. No entanto, a coleção, que vem nos tamanhos P, M e G, também ficará à disposição em pontos de comércio popular de São Paulo. “Temos locais de venda no Bom Retiro e na Rua 25 de Março”, afirmou Geisy.
Questionada sobre o que fez se lançar como empresária no mundo da moda, a ex-estudante de turismo respondeu que se trata de um sonho, mas revelou uma motivação a mais. “Passei por váios problemas (desde o episódio Uniban) e queria ter os meus próprios vestidos. As lojas nã queriam me emprestar roupas (para participar de programas) porque não queriam ter a imagem vinculada a mim”, explicou.
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A dona de casa Maria de Fáima Arruda, de 52 anos, mãe de Geisy, estava bem tímida entre as modelos da festa. Mas afirmou que apoiou a iniciativa da filha. “Ela tem muita coragem, deu a volta por cima”.
Geisy briga na Justiça com a Uniban e pede uma indenização de R$ 1 milhão à instituição por danos morais e materiais por conta da humilhação sofrida. Depois do caso, ela nunca mais voltou à universidade. Nem mesmo para fazer as provas de fim de ano, direito pelo o qual brigou novamente nos tribunais. Ela faltou na semana dos exames. A meta agora parece ser se debruçar sobre desenhos, tecidos, linhas e agulhas. Mesmo que ela apenas dê sua opinião.
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